quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sexo dos anjos, sexo das flores

Muitos se questionam sobre os sexos dos anjos, ou até mesmo sobre o sexo das flores, mas julgo que cheguei a uma conclusão.
Queria comprar um animal de estimação, mas não queria ter muito trabalho nem de lhe dar de comer nem de o levar à rua e como vivo num apartamento (sozinho meninas ;D ) decidi comprar uma planta carnívora. Desta forma "poupo" no subir e descer escadas só para levar o bicho lá fora a mijar e poupo igualmente nos milhares de euros anuais em ração animal.
Para além disso, poupo também no subir e descer escadas com a comida do cão e evito uma hérnia discal (que antigamente era muito frequente nas senhoras de idade que passavam o dia a falar ao telefone de disco).
Não queria uma coisa pequena tipo Pincha nem com caracóis e lacinhos do género de um caniche, queria algo volumoso, musculado, semelhante a um pitbull, porém já não havia deste género porque tinham sido todas compradas por um "GAIJO" que as tem numa quinta e as treina para lutas de plantas carnívoras para depois vendê-las a um preço bastante superior, cerca de 10€ ou 10 pasteis (não sei se a lei me permite que designe livremente a palavra EUROS).
Então resolvi comprar a mais fofinha. Era uma planta que estava só numa jaula, no cantinho, a dormir muito aconchegadinha a um peluche da Lucy (meio roído por outro meio mundo). Ninguém dava nada por ela, mas vi ali a minha companhia ideal.
Trouxe-zia embrulhada numa manta para não constipar e coloquei-a na janela do meu quarto que tem vista para uma parede de tijolos ainda por betumar.
Queria que ela crescesse, se tornasse forte, então dei-lhe um saco de adubo e em dois dias ela não tinha crescido nada. Ao 5º dia já tinha crescido quase nada até que ao 22º dia estava igual.
Sempre julguei que esta planta, ou planto era másculo, pois tinha ali um ferrão... digno de um besouro africano. Porém saiu-me o tiro pela culatra, enquanto à minha planta entrou.
Tenho a mania que sou marinheiro, então quando ando por casa, ando sempre nú e agarrado ao mastro. Num belo dia para se estar dentro de casa, andava eu a navegar em altas tempestades, quando passei pela planta e ela atirou-se a mim de vaso e tudo, dando uma ferradela no meu mastro, deixando-me a meia haste e à deriva. Com medo que infectasse, coloquei betadine e a planta lá melhorou (afinal não sou venenoso).
Nunca mais tive destes problemas porque tirei-lhe os dentes e agora confesso que até consigo tirar algum prazer da planta.
Contudo e sem nada, já não bastava ver estas tendências homem sexuais do meu fictoplantus quando na Primavera passada, o gajo decide-me brochar em vez de desabrochar como o resto das outras plantas da mesma raça. Aí não tive dúvidas e resolvi vir escrever este post. Demorei 3 estações a escrevê-lo porque o comboio não parou no apeadeiro do Contumil!

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